quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Polícia descobre suspeito do caso

O sacerdote havia travado uma acirrada discussão com o homem, no último fim de semana, no distrito de Croatá
Um homem com quem o padre Josenir Morais Santana, 45, havia discutido acirradamente no fim de semana é o principal suspeito de envolvimento no assassinato do religioso. A descoberta do fato pode levar a Polícia a esclarecer mais rapidamente a morte violenta do sacerdote, ocorrida na madrugada de segunda-feira última, na cidade de São Luís do Curu (a 77Km de Fortaleza). Josenir foi executado com um tiro nas costas dentro do seu automóvel.

As investigações em torno do crime estão concentradas na Divisão de Homicídios, em Fortaleza, mas a equipe da Delegacia de Polícia Civil de São Gonçalo do Amarante está dando apoio nas diligências no Curu.

Segundo o delegado Cleófilo Rodrigues, o padre havia ido passar o fim de semana em seu sítio, no distrito de Croatá. Um caseiro da propriedade informou que o sacerdote saiu do sítio, no domingo, informando que iria até São Gonçalo e retornaria. Mas, acabou indo até a cidade de São Luís do Curu, onde foi morto.

Para Rodrigues, o tiro que atingiu o padre pelas costas foi disparado de fora do automóvel. Segundo ele, há duas hipóteses. A primeira, de que o assassino estaria a pé. A outra, poderia ter emparelhando outro carro no Gol dirigido pelo religioso. O automóvel do padre foi trazido para Fortaleza e está no pátio da ´Homicídios´, devendo passar por uma nova perícia hoje.

Sepultado
Sob forte comoção, o corpo do padre foi sepultado, no começo da tarde de ontem, na Capela do distrito de Croatá. Durante toda a noite da última segunda-feira foi velado na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Conjunto Alto Alegre, em Messejana. A missa de corpo presente foi celebrada pelo arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio Tosi. Duas horas antes da chegada do corpo à Igreja, centenas de pessoas aguardavam o início da celebração.

Fiéis e amigos do religioso estavam estarrecidos diante da violência. "Ainda não acreditei no que aconteceu", disse a ministra da Eucaristia, Maria José Ferreira. Meire Sandra Torres, ministra da Palavra, também manifestou seu pesar. "A igreja sofre, está de luto. Perdemos um amigo, um padre muito dinâmico em suas celebrações, prestativo, muito presente", disse.

Alberto Santana, irmão mais velho do pároco, falou pela família. "O nosso grande questionamento é, por que aconteceu? Como aconteceu? A Arquidiocese está tomando a frente no caso e nós vamos acompanhar".

FERNANDO RIBEIRO/NATHÁLIA LOBOEDITOR DE POLÍCIA/REPÓRTER

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