Os professores das escolas de ensino regular e profissionalizante do município de Paraipaba, reunidos em Assembléia Geral, nesta terça-feira, 8 de agosto, nas dependências da EEM Engenheiro Ageu Romero aderiram a greve geral da categoria .
Na ocasião estiveram presentes o prof. Sérgio Bezerra e o Dr. Ítalo do departamento jurídico do Sindicato APEOC, bem como, representantes da entidade do município de Paracuru.
A deflagração da greve deixa claro que é preciso a unidade de todos nós trabalhadores e trabalhadoras da rede estadual de ensino, para que assim, possamos dar um basta às pretensões do Governo do Estado, que objetiva destruir a carreira do professor, com o seu projeto de reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Salário do Magistério.
Na verdade, o projeto é uma agressão não só ao professor, mas a educação como um todo, pois o plano reflete diretamente na possibilidade de ascensão funcional e na motivação dos que já estão no quadro do magistério, com um atenuante: desencoraja todos aqueles que pensam em seguir a carreira de professor.
É importante ressaltar que, em nenhum momento desejávamos a greve. Ela nasce por causa da insensibilidade do Sr. Governador Cid Gomes, que comunicou encaminhará um Projeto de Reformulação de Cargos e Carreira do Magistério que, sem dúvida, vai contrário as reivindicações legitimas dos trabalhadores e da educação, por melhores condições de trabalho e valorização do professor.
Veja alguns pontos do projeto do Governo do Estado:
1. A incidência das gratificações de regência de classe, de especialização, mestrado e doutorado não será sobre a referência salarial em que e o professor se encontra, e sim sobre o nível 1 (Valor de R$ 2.000,00);
2. A Diferença entre o professor graduado e o especializado será apenas de 90,00;
3. Depois de 30 anos de serviço em sala de aula o professor ganhará no máximo o valor de R$ 4.363,63, que é abaixo de muitos salários iniciais de outras carreiras de servidores graduados;
4. O interstício das referências salariais da carreira (referências 1 a 14) é variável. Embora da referência 01 para 02 seja de 10%, esse valor vai diminuindo até chegar a 4,5% ao final da tabela. Ocorre que as progressões passam a ser de dois em dois anos e não anualmente como é hoje de 5%. Considerando que a média dos interstícios seja de 6%, na prática houve redução do interstício para aproximadamente 3%;
5. Impossibilita crescimento na carreira, pois diminui o número de níveis (dos atuais 30 para 14) em que o professor pode ascender, bem como, o criando apenas duas classes, a de professor de nível médio e superior, acabando portanto, a de especialista, mestre e doutor como é atualmente;
6. Enfim, desmotiva a profissão sagrada de professor.
Prof. Rigoberto Pereira
Sindicato Apeoc. – 9180.1313 – 8743.1313
e-mail: raizesrigoberto@hotmail.com
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