O Secretário disse que se trata de uma atividade emergencial custeada pelo Governo do Estado, atribuindo ao deputado José Jácome Albuquerque, o Zezinho Albuquerque, a captação dos recursos pertinentes. Enfatizou a autoridade municipal que a obra foi licitada, que está tudo dentro da lei etc. e tal. Só não disse quanto custa, quem ganhou a licitação, nem se é a vencedora que está no canteiro de obras ou se uma subempreiteira qualquer, como, aliás, é comum aqui em Paracuru Afinal, compete a sua secretaria, a Seinfra, o conhecimento, acompanhamento, fiscalização e, por que não? esclarecimentos sobre essas coisas.
Frente&Verso voltou ao local, ontem, para conferir o cenário e sua evolução. Filtrou que o pedaço demolido da passagem-molhada será feito em 45 dias. Emprega menos de uma dúzia de pessoas da localidade. Os próprios operários não sabem ou não querem dizer para quem trabalham, nem mesmo quem lhea vai pagar os salários. Não está sendo feita nenhuma sub-base nova fortificada. É aproveitada a já existente. As partes côncavas que restaram dos manilhões destruídos semana passada são que nem calhas superficiais ora preenchidas com pedras lascadas, para assentamento de novos manilhões e um recheio de concreto simples com areia grossa e cimento.
Quer dizer: desde que o centro da passagem arrombou a primeira vez, há 10 anos, de lá pra cá o dinheiro federal alocado periodicamente para sua construção -- e não remendagem, -- vinha sendo lavado, ou melhor, levado pelas águas em forma de simples aterro de pedra lascada, piçarra, confeitado seu coroamento com cimento e às vezes uma tintura de asfalto. A diferença entre o passado e o presente meio oculto é que não será um aterro, mas uma parede de contenção para segurança das manilhas e do respectivo entorno.
Queiram ou não queiram seus opositores ideológicos, uma leitura dramática da peça desta passagem-molhada, em cenário só aparentemente novo, leva à lembrança do ex-prefeito José Ribamar Barroso Batista, o seu Ribeiro. Ele, que assinou ordens de serviços e pagou as obras de recuperação das avarias da ponte do Poço Doce com dinheiro carreado pelo deputado José Pimentel, falou mais ou menos premonitoriamente na rádio comunitária, no apagar das luzes do seu último mandato: -- Quando eu deixar de ser prefeito e algum dia eu fizer essa ponte, nunca mais ela vai cair... Parece que ela não deverá derreter-se tão facilmente como no seu tempo, mas ainda não se sabe quem a executa... E, pelo que se ouviu, nem a Prefeitura...
Só um porém conspira contra os próximos carnavais ou outros invernos: uma mineração de areia grossa (observar o alto da foto superior) -- cujas placas de licenciamento são uma vencida e outra visivelmente rasurada, escava profundamente na altura da calha do rio Curu, inclusive a lateral da famosa passagem-molhada... Tudo, sem intervenções ou a ouvidos moucos das autoridades estaduais ou municipais...
Fonte: Blog Frente & Verso - Jornalista: JFLUZ
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