O mês de março começa com novas especulações e articulações de bastidores que podem definir novos cenários da corrida ao Palácio do Planalto. Uma das informações que ganharam corpo envolve o senador Tasso Jereissati (PSDB) como um dos nomes cogitados para companheiro de chapa, na condição de candidato a vice-presidente da República, do tucano José Serra. Líder nas pesquisas de opinião pública ao Senado, Tasso não tem se pronunciado sobre o assédio de alguns tucanos para tê-lo como candidato a vice-presidente da República. O certo, porém, é que, neste começo de março, o tucano cearense entra na mídia nacional, como revela, na edição desta segunda-feira, o Jornal Folha de São Paulo.
Tasso surge como plano B tucano para vice de Serra
A redução da vantagem de 14 para 4 pontos sobre a ministra Dilma Rousseff (PT), registrada pelo último Datafolha, reforça a pressão do PSDB sobre o governador José Serra para que manifeste o quanto antes sua candidatura à Presidência.
Os números amplificam o assédio ao governador de Minas, Aécio Neves, para que aceite ocupar a vice de Serra, mas estimulam um plano B saído do Nordeste -o senador Tasso Jereissati (CE)- para a chapa. Para os tucanos, Tasso é alternativa adequada a Aécio. Vendo em Serra sua única chance de vitória, o comando do PSDB espera que o governador avise logo que é candidato.
No sábado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a escolha de Tasso atrairia votos no Nordeste -onde Dilma, que tinha 3 pontos de vantagem em dezembro, agora tem 14- e neutralizaria os ataques de Ciro Gomes. Em 2002, Tasso abriu uma ferida no PSDB ao apoiar Ciro Gomes (então no PPS) em vez de Serra para presidente. Na época, justificou que sua prioridade era o Ceará, onde PPS e PSDB se aliaram para eleger Lucio Alcântara ao governo.
Segundo a pesquisa publicada ontem pela Folha, Serra caiu de 37% para 32% com relação ao último levantamento, em dezembro. A candidata do PT cresceu de 23% para 28%. Ciro Gomes (12%) e Marina Silva (8%) ficaram estagnados.
O vice-governador Alberto Goldman chamou de "heroico" o desempenho de Serra, enfatizando que o levantamento ocorreu depois do lançamento da candidatura de Dilma. "É surpreendente, é heroico que Serra tenha mais de 30% depois da exposição de Dilma."
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