terça-feira, 30 de março de 2010

LEMBRANÇA DE HONRA: EDSON QUEIROZ FILHO

EDSON FILHO NA CAMPANHA DE 1996 AO LADO DE SEU VICE ROBERTO PESSOA

Terceiro dos seis herdeiros de Edson Queiroz e Yolanda Vidal Queiroz, Edson Queiroz Filho nasceu em Fortaleza, em seis de outubro de 1951. Ajudou a dar continuidade às atividades do grupo empresarial erguido por seu pai, falecido em 1982, e desde então dirigido por sua mãe.

Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Ceará (UFC), em 1974, Edson Queiroz Filho foi membro do Conselho de Administração do Grupo Edson Queiroz, hoje responsável por 14 mil empregos diretos. Atuou em diversas das empresas integrantes, como a Indaiá, a Norte Gás Butano, a Esmaltec e o Sistema Verdes Mares.

Sua trajetória no grupo empresarial, porém, foi iniciada como operário em uma das fábricas - já aos 14 anos - por orientação de seu pai, que considerava a convivência com os funcionários importante para o aprendizado do jovem. O trabalho era compartilhado com hábitos simples, com atenção à família e o gosto pela leitura.

Casado com Nélia Maria do Rego Valença Queiroz, teve três filhos: Manoela, Otávio e Marília. Em maio de 1985, recebeu o título de cidadão de Maceió-AL. No início dos anos 90, veio o ingresso na política, estimulado pelo deputado Ulysses Guimarães, então presidente do PMDB, legenda a qual Edson foi filiado de 1992 a 1993. Mesmo ano em que a Câmara Municipal de Fortaleza lhe outorgou a Medalha Boticário Ferreira, destacando “suas postura política e trabalho como empresário interessado no desenvolvimento do Ceará”.

Em sua atuação política, Edson Queiroz Filho também passou pelo PP, sigla pela qual foi eleito deputado federal em 1994, com 60.489 votos. Em sua atuação, destacou-se pela defesa da modernização do Estado e da legislação no Brasil, cobrando melhores condições para os micros e pequenos empresários como caminho para o crescimento e a geração de renda no País. Ressaltou em várias oportunidades a necessidade de priorizar o desenvolvimento do Interior e do Estado, com estímulo aos setores agrícola e industrial.

Com a fusão do PP com o PPR, teve origem o PPB, partido que Edson presidiu no Ceará e pelo qual concorreu à Prefeitura de Fortaleza em 1996. Impedimentos relativos à legislação eleitoral o levaram a deixar a candidatura. No período em que manteve atividades político-partidários, chegou a ser cogitado como candidato ao Governo do Estado e ao Senado.

Em fevereiro de 1998, lançou o livro “Palavra em Exercício”, reunião de seus pronunciamentos no Congresso Nacional. “Quanto custa o Brasil aos brasileiros? Quanto custa neste País produzir, transportar, distribuir e vender”? Quanto custa criar empregos e recolher impostos? Quanto custa, senhoras e senhores, manter esta nação funcionando?”, indagava em um dos discursos.

Saúde e trabalho

As questões sociais abordadas por Edson Queiroz Filho marcaram também sua passagem pelo Congresso Nacional. “O quadro de saúde pública do País é diariamente exposto nos meios de comunicação, mostrando a situação caótica em que se encontram hospitais e ambulatórios vinculados ao Sistema Único de Saúde”. Denunciava que se o o governo é incapaz de proporcionar saúde e educação para que o Brasil precisa de governo?”.

A questão trabalhista foi outra preocupação do então deputado Edson Queiroz Filho. Sempre deixou clara sua posição com relação ao desemprego generalizado. “Num momento histórico de tantas reformulações, o que anda fazendo o nosso Ministério do Trabalho? Gerado no caldo da cultura do Estado Novo e num contexto internacional em que sectarismos de direita e de esquerda pouco espaço deixavam para o exercício democrático, o braço do Poder Executivo que deveria cuidar das relações no Brasil atrofia-se a olhos vistos”. Determinado, Edson Queiroz Filho não apenas apontava os inúmeros problemas que afligem até hoje milhares de brasileiros. Mas também propunha soluções. Queria a modernidade no Brasil. Acreditava na democracia, apostando no Brasil -“ alimentando avanços tímidos, mas fundamentais na construção da cidadania”. Como os utópicos, mirava-se numa sociedade de iguais. “Uma sociedade que não confonda delicadezas com miudezas mentais. Uma sociedade erguida sobre o elogio da diferença”, afirmava em muitos dos seus pronunciamentos na Câmara dos Deputados.

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