Adriano Queiroz
Setor D1 ficou sem acesso à linha metropolitana desde que nova empresa assumiu operação da rota. Problema foi denunciado pela ferramenta VC-Repórter
O problema da falta de planejamento de transportes em municípios cearenses, destacado na manchete do Diário do Nordeste desta quinta-feira (4), tem como um de seus maiores exemplos, o caso do distrito Setor D1, em Paraipaba, a pouco mais de 100 km de Fortaleza.
Para pegar ônibus população do Setor D1 em Paraipaba precisa se deslocar por 3km até parada mais próxima Foto: Melquíades Júnior
De acordo com moradores da localidade que preferiram não se identificar (temendo represálias), desde 2010 não passa mais nenhuma linha de ônibus na região. O problema foi denunciado pela ferramenta VC-Repórter. "O Setor D1 era atendido por uma linha que cruzava o distrito e o ligava não só ao centro do município, como também à Capital. Mas nossa comunidade foi retirada da rota da linha Paraipaba-Fortaleza, quando a empresa Fretcar venceu a licitação para operá-la", contou uma moradora.
Ainda segundo a denunciante, "não foi dada qualquer explicação e centenas de famílias ficaram abandonadas. Todas essas pessoas estão nas mãos de taxistas e mototaxistas que atuam de forma irregular em sua grande maioria. Meus pais são idosos e precisam vir regularmente a consultas em Fortaleza e os nossos custos com transporte aumentaram muito. Nem é preciso dizer, que a cada eleição essa comunidade é invadida por candidatos pedindo votos".
De 3 a 7km para pegar um ônibus
Para pegar ônibus população do Setor D1 em Paraipaba precisa se deslocar por 3km até parada mais próxima Foto: Melquíades Júnior
De acordo com moradores da localidade que preferiram não se identificar (temendo represálias), desde 2010 não passa mais nenhuma linha de ônibus na região. O problema foi denunciado pela ferramenta VC-Repórter. "O Setor D1 era atendido por uma linha que cruzava o distrito e o ligava não só ao centro do município, como também à Capital. Mas nossa comunidade foi retirada da rota da linha Paraipaba-Fortaleza, quando a empresa Fretcar venceu a licitação para operá-la", contou uma moradora.
Ainda segundo a denunciante, "não foi dada qualquer explicação e centenas de famílias ficaram abandonadas. Todas essas pessoas estão nas mãos de taxistas e mototaxistas que atuam de forma irregular em sua grande maioria. Meus pais são idosos e precisam vir regularmente a consultas em Fortaleza e os nossos custos com transporte aumentaram muito. Nem é preciso dizer, que a cada eleição essa comunidade é invadida por candidatos pedindo votos".
De 3 a 7km para pegar um ônibus
Com a mudança na rota, quem antes tinha ônibus quase na porta, agora
tem que andar (ou providenciar outro tipo de transporte) cerca de 3 km
se quiser ir até o Setor D2, o mais próximo em que há trânsito da
antiga linha. Caso, a intenção seja se dirigir até a sede de Paraipaba,
a distância sobe para 7 km.
Confira mapa
Confira mapa
Procurado pela nossa reportagem o gerente da Fretcar, Fábio Simões, disse por meio de sua assessoria que não se pronunciaria sobre o assunto. Já o secretário de Transportes e Mobilidade Urbana de Paraipaba, Chico Rios, disse que não poderia falar por telefone.
No Portal da Transparência da Prefeitura de Paraipaba, a verba destinada para a Pasta no mês de junho foi de R$ 198 mil, dos quais apenas R$ 50,2 mil foram efetivamente pagos. Em maio, o valor pago foi ainda menor: pouco mais de R$ 49,8 mil.
Esses valores representam pouco mais de R$ 6,00 e R$ 2,00 por habitante. A secretaria é também a que menos recebeu recursos do orçamento municipal, entre 11 pastas. Paraipaba tem cerca de 30 mil habitantes.
Comunidade se formou na década de 1970
Os nomes exóticos dos dois distritos, assim como de outros no município (Setor B, Setor C1, Setor C2, Setor E, Setor G/H e Centro Gerencial do Dnocs), decorrem de eles terem surgido após a implantação de um projeto do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), o Perímetro Irrigado Curu-Paraipaba, em 1974.
Em 1993, o Setor D1 recebeu mais um projeto do órgão, o Centro Experimental do Curu (CEC), com 223 hectares de área. Foram implantados 17 jardins clonais de espécies frutíferas, além de 22 coleções ativas, com 33 espécies e que compreende a 105 clones diferentes. Entre os principais produtos cultivados estão a banana, a cana-de-açúcar e a castanha-de-caju.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=362268
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