segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Série: Coronéis da Política Cearense

 
 VIRGÍLIO TÁVORA
Filho de Manoel do Nascimento Fernandes Távora[1] e Carlota Augusta de Morais Távora. Ingressou na Escola Militar do Realengo no Rio de Janeiro em 1938 influenciado pela carreira militar de Juarez Távora, seu tio. Passou pela Escola de Estado-Maior do Exército e pela Escola Superior de Guerra chegando a Coronel em 1960. eleito deputado federal pela UDN em 1950 e 1954, foi o representante da oposição ao governo Juscelino Kubitschek na diretoria da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (1959-1961) e membro do Conselho Nacional do Serviço Social Rural (1960-1961). Ministro dos Transportes[2] no gabinete parlamentarista de Tancredo Neves[3] deixou o cargo para disputar o governo do Ceará.
À frente de uma coligação chamada "União pelo Ceará" reuniu em torno de si a UDN e o PSD pacificando a cena política local[4] lançando as bases do que seria a ARENA após a decretação do bipartidarismo via Ato Institucional Número Dois em 1965. Em seu governo a energia da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso chegou progressivamente a todo o estado e assim foi incrementada a infraestrutura local[carece de fontes?] e implantado o Distrito Industrial. Em sua gestão aplicou o chamado "Plano de Metas do Governo" (PLAMEG). Em 1966 foi eleito para o seu terceiro mandato de deputado federal.
Ao lado de César Cals[5] e Adauto Bezerra[6] formou o triunvirato de coronéis que dominou a política cearense durante todo o Regime Militar de 1964 sendo que Virgílio Távora foi eleito senador em 1970 e indicado governador do Ceará pelo presidente Ernesto Geisel em 1978. Filiado ao PDS foi eleito para o seu segundo mandato de senador em 1982 com uma votação recorde até então[7] sendo que permaneceu no partido mesmo com o surgimento do PFL em 1985. Pai do falecido deputado federal Carlos Virgílio Távora (que foi genro do político piauiense Alberto Silva) e concunhado de Flávio Marcílio, foi vitimado pelo câncer quando de sua internação no Hospital Albert Einstein na capital paulista.[8]


CÉSAR CALS

Filho de César Cals de Oliveira e Hilza Diogo de Oliveira. Ingressou na Escola Militar do Realengo em 1943 formado-se em Engenharia Militar pela Academia Militar das Agulhas Negras e em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,[1] voltou a Fortaleza e foi oficial de infantaria do 23º Batalhão de Caçadores, instrutor da Escola Preparatória e adjunto da chefia do Serviço de Obras da 10ª Região Militar. Trabalhou do departamento de energia da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, foi diretor do Departamento de Energia Elétrica do Piauí, diretor e conselheiro das Centrais Elétricas Brasileiras, presidente da Companhia Nordeste de Eletrificação e das Centrais Elétricas do Maranhão. Coronel reformado do Exército e professor de engenharia,[2] foi conselheiro da Escola de Administração da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1970 foi escolhido governador do Ceará pelo presidente Emílio Garrastazu Médici e para assumir o cargo deixou a presidência da Companhia Hidrelétrica de Boa Esperança. Retornou à ribalta política ao ser referendado senador biônico pela ARENA em 1978, porém passou a maior parte de seu mandato como Ministro das Minas e Energia do governo João Figueiredo,[3] o que ocasionou a convocação do suplente.[4] Em seu interregno como ministro houve o deslanche do Programa Nacional do Álcool inclusive com a construção do primeiro carro a álcool no país[5] Ao lado de Virgílio Távora e Adauto Bezerra formou um triunvirato de coronéis[6] que dominou a política cearense durante o Regime Militar de 1964, transferindo-se para o PDS em 1980. Disputou sua primeira eleição direta em 1986 quando foi candidato a reeleição ao Senado Federal, mas perdeu a disputa. É pai do político César Cals Neto. Faleceu vítima de ataque cardíaco.

  
ADAUTO BEZERRA

Filho de José Bezerra de Menezes e Maria Amélia Bezerra. Aluno da Academia Militar das Agulhas Negras no Rio de Janeiro onde concluiu o curso de Oficial do Exército, estreou na política via UDN e contou com o apoio da família para ser eleito deputado estadual em 1958, 1962, 1966 e 1970 disputando estas duas últimas eleições pela ARENA chegando a assumir o governo por duas vezes na condição de presidente da Assembléia Legislativa. Em 1974 foi indicado governador do Ceará pelo presidente Ernesto Geisel renunciando ao cargo para disputar o pleito de 1978 no qual foi eleito deputado federal. Para evitar cisões no esquema governista firmou em março de 1982 o Acordo dos Coronéis ou Acordo de Brasília com César Cals e Virgílio Távora para assegurar a eleição de Gonzaga Mota para governador sendo que o PDS venceu a contenda com Adauto Bezerra como vice-governador. Em 1985 transferiu-se para o PFL e foi candidato a governador do Ceará em 1986 sendo derrotado por Tasso Jereissati (PMDB). Nomeado para o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) pelo presidente Fernando Collor em maio de 1990,[1] afastou-se da política ao deixar o cargo e tornou-se sócio-proprietário do Bicbanco ao lado de seu irmão gêmeo Humberto Bezerra.
Fonte:Wikipedia

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